Fã de heavy metal e Cubo Mágico, britânico vira herói na Paralimpíada
Jonathan Fox está bem acostumado a ouvir gritos altos e distorcidos, mas o que escutou no Centro Aquático do Parque Olímpico de Londres, nesta quinta-feira, o deixou emocionado. Fã de música heavy metal e do brinquedo Cubo Mágico, o divertido britânico de 21 anos foi o mais exaltado atleta da noite na Paralimpíada, ao conquistar a medalha de ouro nos 100 m costas S7. A sensação fez o novo "herói" querer parar o tempo para admirar o público.
"Eu vi e ouvi o público quando andei para a plataforma. E antes de bater na parede você consegue ouvir os gritos, mesmo embaixo d'água. O público foi ótimo", exaltou Fox, dono da única medalha de ouro da Grã-Bretanha na natação no primeiro dia de provas. "Esse é um evento que só acontece a cada quatro anos, então você quer parar o tempo por um segundo para poder sentir a atmosfera", explicou.
Antes de cair na água para levar o público ao delírio, Jonathan se preparava ao som de rock pesado: heavy metal. "Breaking Benjamin, Rise Against, coisas que eu sei que nenhum de vocês nunca ouviu falar", disse aos jornalistas na zona mista de entrevistas, após a prova. "Eu sei que as pessoas não gostam muito do meu estilo musical, de coisas pesadas e tal", afirmou.
O Cubo Mágico, quebra-cabeça criado em 1974 pelo escultor húngaro e professor de arquitetura Erno Rubik, é outra grande distração antes de grandes competições. Ele ganhou o brinquedo de sua avó antes do mundial de natação paralímpica em Durban, em 2006, e desde então tem se dedicado com afinco. Para a Paralimpíada, no entanto, não pôde se divertir nos bastidores.
"Eu não usei o Cubo Mágico desta vez, infelizmente. Mas ainda continuo usando quando eu tenho um tempo livre. É isso. Não antes das provas. Não", explicou o nadador, natural de Plymouth. "Às vezes eu fico só brincando com ele, e às vezes dou para meus companheiros de equipe tentarem embaralhar. É, eles se divertem mais do que eu", contou, aos risos.
Em entrevista ao jornal britânico Daily Star, Fox afirmou que já resolveu o cubo em apenas sete movimentos. Tal concentração tem se mostrado essencial para um bom desempenho no esporte - e assim deve continuar nos Jogo Paralímpicos. "Quando você está lá (na piscina), fica tão focado em nadar que não sabe o que está acontecendo fora. Você só quer saber de terminar e bater naquela parede logo".
O time masculino do Brasil não encontrou dificuldades para superar Ruanda no vólei sentado na estreia dos Jogos Paralímpicos de Londres. A equipe atropelou os africanos por 3 sets a 0, parciais de 25/5, 25/5 e 25/13.
A superioridade brasileira pode ser notada logo no início do confronto, quando a Seleção abriu 10 a 1, placar que foi conquistado também no segundo set. Depois disso, foi somente administrar a vantagem para vencer ambos os sets por 25 a 5.
No terceiro set, os ruandeses chegaram a esboçar um duelo equilibrado ao encostarem no placar ao fazer 6 a 5. Porém, os brasileiros logo fizeram 18 a 8, mantiveram a diferença e fecharam o set em 25 a 13, conquistando a vitória por 3 sets a 0.
Wellington Platini foi o maior pontuador do jogo com oito pontos. O paratleta conseguiu cinco pontos de ataque e três de bloqueio. Deivisson Ladeira e Daniel Silva, com seis pontos cada, também se destacaram.
Na próxima rodada, o Brasil, que faz parte do grupo B do torneio, enfrenta a Bósnia. A partida será realizada neste sábado, às 17h (de Brasília). Já a equipe de Ruanda joga apenas no domingo, contra a China, às 5h.